O cinema brasileiro perdeu Toni Venturi. Nós da APACI perdemos um amigo e um colega extraordinário que, por anos a fio, lutou de forma exemplar pelo audiovisual. Cineasta engajado, Toni deixa um conjunto notável de filmes de ficção, documentários e séries onde suas inquietações em torno dos rumos políticos do Brasil e seu desejo por uma sociedade mais justa estão sempre presentes. Ficamos com a imagem de um homem vital, batalhador, dono de um abraço acolhedor, sempre a um dedo de uma gostosa gargalhada, o que nunca o impediu de dizer o que pensava.

Toni parte sem ter tido tempo de fazer balanços ou entristecer-se por algo que deixou de fazer. Não olhará nunca para trás, pois parte vivendo intensamente o presente e sonhando com aquilo que ainda queria realizar. No trabalho e na vida, Toni foi um catalisador de afetos e ideais, e isto não desaparecerá jamais. Parte amado e respeitado pelos amigos e colegas de profissão. E, sobretudo, parte amado pela eterna namorada Débora Duboc, e pelos filhos Otto e Theo. Força da natureza, Toni parte abraçado por ela.

Obrigado, Toni Venturi. A falta que você vai fazer não tem tamanho.