A APACI esteve presente na 17.º edição CineBH International Film Festival, que contou com a seleção de de mais de 90 filmes nacionais e internacionais, em pré-estreias e mostras temáticas, 20 ciclos de debate, rodas de conversa e sessões comentadas. O evento ocorreu junto a programação do Brasil CineMundi – 14th International Coproduction Meeting, realizado entre os dias 26 de setembro e 01 de outubro.
A diretora e produtora Minom Pinho representou a APACI no debate “Regulação do VoD no Brasil – Parte 2” que aconteceu na última quinta (25) no Palácio das Artes, em BH, para discutir sobre a urgência da regulação do VoD no Brasil. Em seu relato, Minom trouxe questões a serem discutidas no que diz respeito a lógica da tecnologia/sociedade/politica, abordando questões da lógica de mercado das plataformas de streaming, como o Netflix, com a inovação proposta em sua criação, trazendo seu vasto catálogo a preço acessíveis, acarretando na sociedade embarcando em peso e fazendo com que a concorrência corresse atrás do prejuízo, lançando novos streamings e adentrando finalmente em questões políticas: como regular isso mundialmente?
Minom Pinho reforçou a importância da defesa do direito patrimonial dos produtos audiovisuais brasileiros, o que segundo Joelma Gonzaga, fica com as produtoras independentes do Brasil. Joelma Gonzaga assinalou que regulamentação do VoD está sendo trabalhada no Minc pela SAV conjuntamente com a Secretaria dos Direitos Autorais (Marcos de Souza), em articulação com a Casa Civil e os parlamentares e senadores, como Humberto Costa (PT), Reginaldo Lopes (PT) e Randolfe Rodrigues. Cintia Domit Bitar (presidenta API) lembrou que as entidades do audiovisual brasileiro estão unidas e fazem parte dessa estratégia, que inclui: propriedade intelectual e patrimonial, proeminência, investimento direto, Condecine e Cotas.
A posição de destinação dos recursos vindouros da regulação com viés de gênero e raça foram abordados de forma precisa de pela presidenta da APAN. “Existe uma discussão sobre a pluralidade do Brasil que é perda de tempo; ficam chamando de identitarismo enquanto deveríamos nos ‘aquilombar’, nutrir a união entre nós enquanto sociedade e setor”, frisou Tatiana Carvalho Costa, acrescentando que, num país como o Brasil onde a maioria da população é negra e formada por mulheres, deveria ser natural a produção de narrativas diversas. Minom pontuou a renovação e diversidade em curso na APACI sendo de extrema importância para falar dessas narrativas através das perspectivas de mulheres, pessoas negras, indígenas e pessoas LBGTQIAPN+ dentro do audiovisual paulista e brasileiro.
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Texto adaptado da matéria de Lorenna Montenegro