A APACI, Associação Paulista de Cineastas, entende que a Lei Paulo Gustavo foi concebida como uma ação emergencial para fortalecer o setor cultural prejudicado pela pandemia. Sendo que os recursos empenhados nas alíneas de audiovisual são oriundos da arrecadação do próprio setor, não concorrendo com os recursos das demais áreas.

No que tange ao Audiovisual, entendemos que a Lei deve atender a uma ampla gama de proponentes de todos os tamanhos e segmentos da cadeia produtiva. Não apoiamos a impugnação dos editais por entender que isso vai prejudicar ainda mais empresas e pessoas que passam por dificuldades para sobreviver numa conjuntura delicada de reconstrução do setor, após as crises vividas nos últimos anos.

Defendemos que sejam feitas retificações nos editais que os tornarão mais acessíveis aos proponentes, como, por exemplo, diminuição da restrição de inscrição para 3 anos (data do início do lockdown nacional), valores dos projetos flexíveis para atender um universo maior de proponentes, aceitação de inscrição de Pessoa Física para os editais de produção de curta-metragem e para os novos players do mercado.

O audiovisual paulista merece toda atenção para se consolidar como referência de inovação e celeiro de talentos. Para isso é necessário um olhar atento e inclusivo aos agentes emergentes.

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